quinta-feira, 23 de novembro de 2017



DEPOIS DA MOBILIZ-AÇÃO
Estamos em um tempo diferente e sou muito feliz por estar testemunhando esse momento. De fato, pelo tamanho das grandes empreitadas que ainda fazem com que tenhamos esperanças, e ao mesmo tempo, receio sobre a educação de Alagoas, algo é inegável: andamos para frente. Podemos ter como evidência dessa epifania toda a mobilização realizada para a Prova Brasil. E peço licença para respeitar calorosamente todos os contra-argumentos que, de alguma forma, dizem que esse tipo de trabalho busca apenas índices.
Tenho a consciência limpa de que, em detrimento da situação em que se encontrava a educação de Alagoas, todo passo em frente é válido e um discurso óbvio é muito retumbante em nossos ouvidos: é necessário fazer muito mais. Mas, ao constatar que o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) é medido concernente a taxa de aprovação e o desempenho dos nossos estudantes na Prova Brasil, sentimos que essas premissas são elementares para o processo de ensino e aprendizagem, para a ambientação em um bom clima escolar e se configurariam como um ensaio para uma escola alagoana mais inclusiva. Qualquer ação planejada que se substanciasse em momentos de reuniões, provões, sorrisos, retiros, lembranças, gincanas, reuniões com pais e comunidade e etc seria válida.
Das andanças feitas nas GERE (Gerências Regionais de Educação), nas escolas, em contato com técnicos pedagógicos, gerentes regionais, estudantes, professores, coordenadores, articuladores e os próprios secretários em cena não se ouviu bem outros dizeres do que: Esse momento é inédito, essa mobilização é inédita. E os prédios acinzentados ganharam vida em toda Alagoas, saindo da inércia, pudemos finalmente chegar nesse final de ano com uma responsabilidade gigantesca, e, também inédita – é necessário manter o que foi feito.
Sabemos que os resultados nem saíram ainda, e falta muito para a nosso tempo cotidiano, mas aprendemos como professores de História que um ano não representa absolutamente nada para o cronômetro da vida ao passo que pode muito bem ser decisivo no caminhar das mudanças. Que 2017 o tenha sido.
Hoje, 22 de novembro, e depois de muitas outras “mobiliz-ações”, em reunião com os técnicos pedagógicos das regionais, foi possível desfrutar de um déjà vu bem recente. Observando e participando do grande e inédito movimento de mobilização e ação da educação de Alagoas, socializamos o que foi realizado como preparação para a Prova Brasil. Encantados, e vendo muitas coisas se repetirem, mesmo assim o cansaço não bateu e depois de duas horas de relógio definidos em 5 minutos para cada apresentação, as regionais desfilaram a simbiose do trabalho das equipes. Quase todo mundo fez simulados, reuniões com os pais, viradas de estudos, lanches especiais, visitas de técnicos, formações sobre jogos e outras metodologias para professores, oficinas de análise dos dados estipulando metas, maletas literárias, palestras e a febre dos cronômetros nervosos que contavam a chegada do grande dia – imagine Alagoas se preparando com felicidade por que será avaliada e melhor, que a preparação para essa avaliação iria, sim, produzir momentos significativos de aprendizagem para nossos jovens. SIM... Grandes pactos sociais iniciam e surtem grandes mudanças!
PAZ, BEM, ESPERANÇA E LUTA – Antônio Daniel Marinho Ribeiro, Gerente de Desenvolvimento Educacional SEDUC/AL.