Estamos
em um tempo diferente e sou muito feliz por estar testemunhando esse momento.
De fato, pelo tamanho das grandes empreitadas que ainda fazem com que tenhamos
esperanças, e ao mesmo tempo, receio sobre a educação de Alagoas, algo é
inegável: andamos para frente. Podemos ter como evidência dessa epifania toda a
mobilização realizada para a Prova Brasil. E peço licença para respeitar
calorosamente todos os contra-argumentos que, de alguma forma, dizem que esse
tipo de trabalho busca apenas índices.
Tenho
a consciência limpa de que, em detrimento da situação em que se encontrava a
educação de Alagoas, todo passo em frente é válido e um discurso óbvio é muito
retumbante em nossos ouvidos: é necessário fazer muito mais. Mas, ao constatar que
o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) é medido concernente a
taxa de aprovação e o desempenho dos nossos estudantes na Prova Brasil, sentimos
que essas premissas são elementares para o processo de ensino e aprendizagem,
para a ambientação em um bom clima escolar e se configurariam como um ensaio
para uma escola alagoana mais inclusiva. Qualquer ação planejada que se
substanciasse em momentos de reuniões, provões, sorrisos, retiros, lembranças,
gincanas, reuniões com pais e comunidade e etc seria válida.
Das
andanças feitas nas GERE (Gerências Regionais de Educação), nas escolas, em
contato com técnicos pedagógicos, gerentes regionais, estudantes, professores,
coordenadores, articuladores e os próprios secretários em cena não se ouviu bem
outros dizeres do que: Esse momento é inédito, essa mobilização é inédita. E os
prédios acinzentados ganharam vida em toda Alagoas, saindo da inércia, pudemos
finalmente chegar nesse final de ano com uma responsabilidade gigantesca, e,
também inédita – é necessário manter o que foi feito.
Sabemos
que os resultados nem saíram ainda, e falta muito para a nosso tempo cotidiano,
mas aprendemos como professores de História que um ano não representa
absolutamente nada para o cronômetro da vida ao passo que pode muito bem ser
decisivo no caminhar das mudanças. Que 2017 o tenha sido.
Hoje,
22 de novembro, e depois de muitas outras “mobiliz-ações”, em reunião com os
técnicos pedagógicos das regionais, foi possível desfrutar de um déjà vu
bem recente. Observando e participando do grande e inédito movimento de
mobilização e ação da educação de Alagoas, socializamos o que foi realizado
como preparação para a Prova Brasil. Encantados, e vendo muitas coisas se
repetirem, mesmo assim o cansaço não bateu e depois de duas horas de relógio definidos
em 5 minutos para cada apresentação, as regionais desfilaram a simbiose do
trabalho das equipes. Quase todo mundo fez simulados, reuniões com os pais,
viradas de estudos, lanches especiais, visitas de técnicos, formações sobre
jogos e outras metodologias para professores, oficinas de análise dos dados
estipulando metas, maletas literárias, palestras e a febre dos cronômetros
nervosos que contavam a chegada do grande dia – imagine Alagoas se preparando
com felicidade por que será avaliada e melhor, que a preparação para essa
avaliação iria, sim, produzir momentos significativos de aprendizagem para
nossos jovens. SIM... Grandes pactos sociais iniciam e surtem grandes mudanças!
PAZ,
BEM, ESPERANÇA E LUTA – Antônio Daniel Marinho Ribeiro, Gerente de
Desenvolvimento Educacional SEDUC/AL.