ELEIÇÕES NAS ESCOLAS DA REDE
ESTADUAL DE ENSINO
Na
semana de 12 a 16 de março de 2018 grande parte das escolas da rede estadual de
ensino de Alagoas estava envolvida com as eleições para gestores. Desde o
início, a equipe da SEDUC esteve empenhada para que o pleito acontecesse da
melhor forma possível. Foram 122 escolas e podemos dizer que,
quantitativamente, compartilhamos um pleito com colégio eleitoral maior do que
muitas cidades. Cabe-nos, então, algumas considerações.
De
forma macro, as escolas estaduais se configuram como um dos locus onde o
exercício da democracia mais deve existir. Podemos dizer inclusive que se
aprende democracia na escola. De forma histórica, o exercício da democracia e o
desenvolvimento do pensamento científico têm sido as principais bandeiras da
construção de uma escola moderna e que promova a cidadania. Todas as ações
devem então estar sincronizadas para esse objetivo.
Antes
mesmo a formação do novo quadro de gestores para as escolas da rede estadual, o
pleito vivido há pouco tempo, faz parte do início de um novo ciclo democrático,
em que os gestores são parte diretiva, e que, imersos em todas as dificuldades,
inerentes ao processo de coordenação e gestão de grupos, instituições e
pessoas. Entretanto, eles não são as únicas andorinhas, mesmo que tenham boas
intenções sozinhos, não poderão reorganizar o processo de crescimento e
desenvolvimento de nossas escolas. A lição que propomos, com o pleito de
eleição dos gestores das escolas da rede estadual, é que a lição democrática
não se encerre com esse momento. Que ela sirva em nossas escolas para o
entendimento de que um caminho possível e plausível para a escola pública de
Alagoas e o desenvolvimento da democracia com todos os seus sujeitos, em todos
os seus espaços, congregando as diferenças e se propondo a ser um processo
perene. As eleições serão, então, um dos momentos mais prazerosos, em que a
comunidade escolar, dotada de entendimento sobre sua realidade faz a escolha
pela continuidade ou pela mudança de uma proposta, realizando de forma
consciente e madura o rito de passagem de todos os sistemas democráticos. Que
ao processo democrático das eleições que estamos vivendo acresçam-se
professores vigorosos e comprometidos, funcionários dedicados, conselhos
escolares engajados, grêmios estudantis atentos e atuantes e comunidades
sensíveis ao desenvolvimento da escola, sem desconsiderar, claro, a importância
do papel institucional da SEDUC.
Daniel
Marinho, Rapsodo dos Sertões.